A imunoterapia para alergia é o tratamento das doenças alérgicas por meio de vacinas para dessensibilização. É um tratamento secular: essa prática é usada há mais de 100 anos e tem a sua eficácia comprovada cientificamente por milhares de trabalhos e pesquisas.

Como funciona? A partir dos testes alérgicos o especialista detecta quais substâncias (antígenos) provocam a alergia e qual o grau dessa alergia (sensibilidade) de um indivíduo. O antígeno detectado (causador da alergia) é diluído muitas vezes, mais de dez mil ou cem mil vezes, dependendo da sensibilidade do indivíduo. E essa diluição é aplicada repetidamente, a cada semana ou mais, em doses progressivas, para que o indiví­duo desenvolva uma Tolerância a esse antígeno.

O alérgico vai adquirindo a capacidade de entrar em contato com a substância causadora da alergia, sem reagir (tolerância). Na medida que o tratamento de Imunoterapia avança, a concentração do antígeno vai sendo aumentada progressivamente, para que a pessoa passe a tolerar doses cada vez maiores sem reagir. Com isso, vai deixando de ter as crises quando entra em contato com aquela substância na vida diária.


Existem outras formas de Imunoterapia, como aquelas para aumentar a imunidade, que funcionam um pouco diferente. A imunoterapia clássica é sob a forma injetável, através de aplicações subcutâneas. Mas, nos últimos anos outras formas de administração, como a via sub-lingual, tem se desenvolvido muito.

Porém, apenas algumas formas de alergia podem ser tratadas com imunoterapia. Destacam-se a alergia respiratória (rinite e asma), a alergia a picadas de insetos e as estimulações imunológicas. Os efeitos da Imunoterapia demoram a aparecer, por isso é necessário usar outros medicamentos para controle da alergia nas fases iniciais do tratamento. Os efeitos da Imunoterapia são duradouros, quando feita corretamente: persistem por muitos anos após o término do tratamento.