Notícias sobre o novo Coronavírus tem tido espaço de destaque nos jornais do Brasil e do mundo nas últimas semanas, mas você sabe ao certo do que se trata essa doença que tem deixado a população tão alarmada?
Ouvimos alguns especialistas e trazemos para você alguns fatos que nem sempre ficam claros em meio às muitas informações divulgadas atualmente.
O que é o Coronavírus?
Por mais que seja um assunto recente, o Coronavírus, na realidade, já é conhecido desde a década de 1960 e, desde então, sempre provocou infecções respiratórias leves, semelhantes a uma gripe ou um resfriado comum, tanto em humanos quanto em animais. Com o passar do tempo, em um processo natural de mutação desse vírus, uma variedade que surgiu na última década começou a provocar pneumonias graves como consequência desse comprometimento do aparelho respiratório causado pelo vírus.
Outra diferença dessa variedade do Coronavírus é que ele tem sido transmitido de pessoa a pessoa com mais facilidade do que as existentes anteriormente, o que aumenta sua capacidade de alastrar-se pelo mundo.
Quais os riscos do Coronavírus?
O principal risco à saúde humana é o aparecimento de doenças respiratórias agudas, como uma pneumonia grave, mediante o contato com o Coronavírus. Isso tem se tornado mais recorrente justamente por essa variedade mais recente do vírus ser mais agressiva do que as conhecidas anteriormente. Além disso, a facilidade de propagação e a falta de anticorpos da população aumentam os riscos advindos dessa doença, inclusive de uma epidemia global.
Como, até o momento, o Coronavírus não estava presente em grande parte do mundo (como estão os vírus da gripe, ou da catapora, por exemplo), a população, em geral, não tem anticorpos contra essa infecção, pois estes só são desenvolvidos mediante contato prévio com o agente patológico. Isso aumenta as chances de uma pessoa desenvolver a doença ao entrar em contato com esse vírus, enquanto que, ao entrar em contato com outros vírus, aos quais já tenha sido exposta, ela não apresentaria sintoma algum.
O Corona Vírus é fatal?
Para a maior parte da população, não. O Coronavírus apresenta uma baixíssima letalidade, provocando, quase sempre, apenas sintomas semelhante aos de uma gripe. Como comparativo, a letalidade do Vírus causador da SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave, que espalhou-se pelo mundo em 2002 e também deixou a população mundial em alerta) era de 9,5%; enquanto do Coronavírus, até o momento, é de apenas 2%. O risco de uma complicação mais grave, ou mesmo de morte, só é realmente significativo para pessoas que já apresentem doenças crônicas ou demais fatores que comprometam seu organismo e sua imunidade.
Dessa forma, pessoas idosas, diabéticas, asmáticas, ou com algum tipo de imunodeficiência estão mais sujeitas às complicações decorrentes infecção viral. Para se ter uma ideia, uma pesquisa feita em um hospital de Wuhan (provável epicentro do surto atual), na China, demonstrou que 55% das pessoas internadas devido ao Coronavírus possuíam algum problema crônico, como diabetes, doenças cardiovasculares, males digestivos, respiratórios ou câncer. Além disso, a média de idade dos pacientes era de 55 anos, e 37% dos doentes estavam acima dos 60 anos.
O que fazer em relação ao Coronavírus?
Por mais que este não seja um vírus tão fatal quanto muitos outros, devido aos motivos acima citados, a possibilidade de uma epidemia global é real, principalmente porque atualmente as pessoas circulam muito rapidamente por todo o mundo devido à globalização, facilitando, assim, que a doença se espalhe. Mas não é preciso entrar em pânico por isso.
O Brasil ainda não teve nenhum caso confirmado e as autoridades de diversos países, principalmente aqueles mais afetados, já estão tomando medidas para evitar sua disseminação em larga escala.
Em nível individual, o que pode ser feito é: